PEDIDO
Se, por acaso, vierem a saber que eu fundei um restaurante com o nome "Stallone" ou até "Chaimite"... por favor, internem-me nesse exacto momento.
Se o chamar de "Cristina Caras Lindas" ou até de "Serenella Andrade" , matem-me ali mesmo.
Obrigado,
A gerência (ou pelo menos metade dela)
|| Filipe Marques @ 03:05 ...:::
OS CROATAS SALTITÕES
Ontem, enquanto me deslocava na minha viatura de uma roda pela Avenida da Liberdade, pude constatar que alguns dos croatas tinham um tempo de salto bem superior a setenta centímetros. Aliás, alguns lá andavam a apanhar laranjas das árvores da avenida, saltando a uma altura de dois minutos e meio. Ora, como imaginam, é complicado para uma pessoa séria e mentalmente sã conseguir conduzir a sua roda sem se distrair dos semáforos e das senhoras vestidas de camisola roxa com grande decote e mini-saia com padrão leopardo (mas sem pintas, porque aquele tinha uma doença)... Ora, qual não é o meu espanto quando, sem mais nem menos, me aparece uma dessas senhoras à frente do meio de locomoção e me provoca uma queda.
"Ah e tal, você deve ser maluco! E tudo o resto... e estava vermelho. Pois. Para si, pois. Olhe para isto!"
Quer dizer, já não bastava ter de me aguentar com os croatas a roubarem a minha cidade, ainda tinha de me vir esta senhora que não conheço de lado nenhum chatear-me porque passei o sinal vermelho! Eu disse-lhe, como é óbvio:
"Ah pois! Mas sabia que a Croácia já fez parte da Jugoslávia?"
E ela ficou de boca aberta. Eu sabia que aquele argumento nunca falhava quando atropelava senhoras vestidas de camisola roxa com grande decote e mini-saia com padrão leopardo (mas sem pintas, porque aquele tinha uma doença) àquela hora da noite, com o meu veículo não poluente, por causa de uma série de croatas saltitões. Mas o pior aconteceu depois... quando eu, depois de dar uma tareia na senhora por ela insistir naquela história ridícula de eu ter passado o vermelho (o altruísmo puro tomou conta de mim e tive de ensinar a senhora que se olha sempre para a estrada antes de se atravessar), fui ter com os croatas. Perguntei-lhes, em servo-croata, claro está:
"Então, pá? Qual é a vossa, pá? Então andam para aqui aos saltos a roubar laranjas da Av. da Liberdade?"
E eles, muito ofendidos, responderam-me:
"Olhe, caro senhor, nós somos de uma empresa de estudos de mercado e estamos a avaliar a viabilidade da importação de laranjas para a Croácia, se não se importa. Não estamos a roubar, estamos a recolher. E temos autorização do Dr. Pedro Santana Lopes."
Por momentos, senti que a minha vida não tinha mais rumo. Senti a brisa e, por alguns momentos, ouvi no ar a Céline Dion a cantar "My Heart Will Go On"... mas recuperei e, ao som (mais uma vez a sentir a brisa, desta vez transformada em vendaval) do "Eye of The Tiger" e enquanto uma lágrima me escorria pelo rosto, gritei bem alto para o mundo ouvir:
"O Presidente da República não é católico!!!"
Em servo-croata, claro está. Que, como se sabe, é a língua mais falada em toda a região da américa latina.
E eles pagaram-me um copo. Não percebo porquê. Mas pagaram mesmo. Numa pastelaria que, por acaso estava aberta àquela hora. E veio a senhora vestida de camisola roxa com grande decote e mini-saia com padrão leopardo (mas sem pintas, porque aquele tinha uma doença) e trouxe também o Pinóquio e a recordista do guiness "formiga com maior barba loira".
|| Filipe Marques @ 17:32 ...:::
A PROCURA DA FELICIDADE
Ontem aproximou-se de mim um fulano com ar triste, relativamente bem vestido e com barba de três dias. Perguntou-me:
"Você sabe dizer-me se eu vou ser feliz no futuro?"
E eu, apesar de surpreendido, respondi-lhe de forma sábia e sensata:
"Caro amigo, a sua felicidade só depende de si. Não a faça depender do que eu lhe possa dizer. A busca da felicidade será sempre um dos grandes dilemas do ser humano. A forma como havemos de a procurar é uma das dúvidas que atormenta (e atormentará, meu caro) a humanidade. Devemos guerrear pelo que queremos? Ou devemos conquistá-lo pelo coração? Será a vida um mero instrumento para mantermos a sanidade enquanto esperamos pela morte? Tente compreender-se. Defina a sua forma de estar. Defina-se. Mas provavelmente, você está somente bêbedo."*
O fulano, após ter escutado atentamente as minhas palavras... e após ter reflectido durante dois minutos (em silêncio) sobre o maravilhoso discurso que tinha ouvido, perguntou:
"Mas você não é a Maya?"
* Destaco o facto de eu, com a minha fantástica memória (e para além disso, sou giro), me lembrar EXACTAMENTE do que disse ao fulano.
|| Filipe Marques @ 15:59 ...:::